
Nesse instante me abraçou como se nada houvesse acontecido.Fiquei parada sem reação por um instante,mas retribui o abraço.Nesse dia tudo ocorreu muito bem.Passei determinar tarefas coisas que não fazia antes,pois não dava para confiar.Por alguns dias foi assim,muito interesse nas aulas,demonstrava querer aprender,buscava objetos na secretária sem aprontar como antes,pedia licença para sair ou levantar,batia educadamente na sala de minhas colegas e gentilmente pedia o que eu o mandava buscar.Recebia elogios de minhas colegas e eu estava muito feliz com aquela mudança.Meu sossego acabou,pois derrepente passou a agir da mesma forma descontrolado e tudo voltou a ser um pesadelo.Um colega havia feito uma raspagem na perna por ocasião de um acidente,e ele resolveu chutar a perna do outro,na tentativa de impedir torceu meu braço novamente.Depois pegou um cabo de vassoura e bateu na perna de uma colega o que gerou uma revolta nos colegas que são meus parceiros nessa caminhada.O fato que está muito difícil ao mesmo tempo não quero largar o barco,pois seria um fracasso total e eu nunca fui de abandonar algo.Visitando o Blog da Bia G. onde ela fala de um estado pombistíco a medida que ia lendo sua história lembrava Tadeu que como um bichinho pede socorro para ser salvo eu me emocionei,pois ao mesmo tempo que sinto uma impotência diante dos fatos eu o protejo não querendo que nada de ruim aconteça com ele ou que seja alvo de pedradas feito aquelas que se jogam nos pombos para afastá-los quando são indesejados.É complicado lidar com essas emoções.Cada dia que chego e tenho que medicá-lo,pois a vó esquece a medicação ai eu resolvi assumir uma tarefa que não é minha.Talvez me digam que sou louca,mas vou continuar para ver no que vai dar essa história.Ainda hoje sai de uma reunião onde falavámos justamente sobre a inclusão e ao final o grupo assistiu um video onde a mensagem era de resgate e do amor de mãe ao salvar o filho do perigo. Muitas vezes temos por nossos alunos esse querer de mãe e tentamos protegê-los(errado eu sei),pois somos educadores.Eu e minha orientadora educacional Rose(parceira incansável),nós emocionamos muito.Ela não me disse nada,mas seu olhar me disse muito mais que qualquer palavra.Vou seguir o conselho de BiaG não abandonar o barco e sei que nada nessa vida é por acaso.Volto.