
A pergunta feita para que reflitissemos foi:
"Que marcas da sua prática pedagógica você gostaria de deixar nos seus alunos?"
No longo de 25 anos de magistério em exercício estadual e 30 somados ao período que atuei no município foram tantas as marcas deixadas positivas ou negativamente.
Digo positivas, porque muitos seguiram por caminhos brilhantes,pois ouviram as broncas dadas e os conselhos para que as atitudes fossem melhores.
Negativamente, porque em nome de acertos cometemos erros que se pudéssemos voltar atrás com certeza não tínhamos cometidos.
São tantas as lembranças que surgiram na mente ao ter lido o texto sugerido:"O Menininho" que está postado no Blog no vídeo abaixo.
Venho à lembrança minha primeira aluna com necessidades especiais se tivesse hoje o conhecimento que adquiri, quanta coisa poderia ter feito para contribuir muito mais no desenvolvimento dela. Ainda a pouco quando falava com ela no MSN me agradecia por ter sido a melhor prof. que encontrou.
E quantos não pensaram assim, porque uma bronca,uma palavra pronunciada de maneira ríspida ou dita no calor das emoções não magoou,desestimulou.
Meu Deus professor Nestor o que quis fazer com nós?Tirar das gavetas coisas que já estavam adormecidas?Balançar nossas estruturas já cansadas de tantas caminhadas?Ou quis fazer com que nos déssemos conta de que ainda a tempo de mudar o desenho da rosa?
Não sei a intenção, mas mexeu muito com as lembranças. Ouvir muitas vezes de alguns alunos que optarem pela carreira de professores de matemáticas, porque eu ensinei a gostar da disciplina, ou quando diz lembrar das canções que eu ensinava principalmente a menina da trouxa (folclore nordestino), dos passeios e viagens de excursões ou dos apoios das horas de dificuldades, isso enche de orgulho e dá uma emoção enorme.
Mas fiquei a pensar e aqueles que nos rejeitaram o que pensam?Que marcas deixamos neles?É complicada essa questão de marcas, porque nos esquecemos das que feriram ou magoaram lembrando sempre só o que foi positivo.
Espero sinceramente que tenham ficado as marcas da afetividade, da amizade construída ao longo de tantos momentos. Que eu tenha não desenhado tantas rosas assim, mas que tenha ensinado a plantá-las e a regá-las ao longo da vida de cada um.