Ensinar e Aprender em Educação de Jovens e Adultos
Raimundo Helvécio Almeida Aguiar 15 de outubro
de 2009. O problema da aprendizagem e do
letramento é da maior pertinência. Particularmente
a aprendizagem e o letramento em jovens e adultos.
De fato, a aprendizagem de adultos possui
peculiaridades, visto que o educando adulto possui
uma história de vida que necessita ser
considerada. O educando adulto é um trabalhador
trabalhado e o educador de adultos é também um
trabalhador e tem que assumir-se como tal. Como
produtor de idéias e de coisas. O conhecimento
em EJA é resultante dessa produção
educando-educador como seres aprendentes e
ensinantes, capazes de juntos buscarem a
transformação da realidade. O grande dilema e o
grande problema da prática da Educação de Adultos
é o processo de infantilização do adulto, através
de práticas e de textos e/ou atividades que são
próprias para crianças e por infeciência e/ou
incompetência nossa fazemos a mesma coisa com o
adulto. O educador de adultos precisa
converter-se e convencer-se de sua função social,
enquanto membro de uma classe, senão por origem
pelo menos por opção política e por compromisso
histórico. Educar para a cidadania é educar a
partir da pedagogia do cotidiano, ou seja, a
partir das práticas sociais e pedagógicas ou
sócio-pedagógicas que se dão no dia-a-dia das
pessoas: no trabalho, em casa, no transporte
coletivo, etc., onde ocorre o processo de aprender
e de ensinar como parte integrante das rel ações
sociais. É preciso, ainda, entender e enxergar
o ser humano, seja ele criança, jovem ou adulto,
como centro inevitável de toda e qualquer relação
social. Educar na cidadania seria mais
interessante do que \"educar para a cidadania\".
Educar na cidadania é partir da realidade do
sujeito para compreender o conhecimento universal
sistematizado ou partir dele (conhecimento
universal sistematizado) para objetivar e
compreender a realidade do social, do político, do
econômico e, fundamentalmente do cultural, pois é
ele (o cultural) o determinante básico da educação
escolar. Nesse sentido, considerar as diferentes
culturas é essencial para o desenvolvimento da
prática pedagógica que pretenda a transformação
das realidades. E este é o sentido da educação,
seu fim último, sua necessária utopia. Para mim,
ensinar e aprender são co-princípios da educação
escolar e da educação em geral. O verdadeiro
\"letramento\" é, para mim, repito, este “que
fazer” pedagógico.
Achei interessante e revolvi transpor para o Blog o que o professor Helvécio enviou por e-mail no dia 15 de outubro pelo gmail.