domingo, novembro 16, 2008

Relatório sobre minha carreira de professora


Formei-me em julho de 79 no magistério e logo vim para Porto Alegre e fui trabalhar em uma ong na Ilha Grande dos Marinheiros em uma atividade com as crianças que iam para a creche receber todas as orientações de higiene,alimentação e atividades recreativas.Em 81 a convite de um amigo conheci Alvorada e logo solicitei uma vaga no município e fui admitida para trabalhar em uma escola com a pré-escola,não era necessário ter uma especialização para exercer a função de professora na Educação Infantil (hoje um quesito necessário).No ano seguinte fui convidada a assumir a coordenação pedagógica em uma escola do município,cargo de confiança.No inicio tive muitas dificuldades,pois não fui muita bem recebida pelas colegas todas mais velhas que eu,com formação e por terem muito mais tempo de escola e município.Por isso tudo que eu trazia das reuniões como uma solicitação da Secretária de Educação era motivo de discussão e pouca aceitação.Tive de primeiro conquistar e ganhar confiança das colegas primeiro.Foi um longo período até que o trabalho fluiu,mas em seguida por conta de apoiar a greve dos professores municipais (cargo de confiança não tinha direito de manifestação),eu fui colocada para rua ingressando na justiça para fazer valer o direito de participar de algo sem represálias.Não esperei a Justiça me dar ganho de causa obrigando a me readmitir,fui buscar outro município para trabalhar e sem concurso,por amizade política eu fui para o Município de Viamão.Em 84 prestei concurso para o Estado fazendo o concurso público para séries iniciais.Passei e em julho do ano seguinte assumi na Escola Gentil Viegas Cardoso.Foi minha primeira escola no estado.Pouco mais tarde pedi remoção indo para outra escola mais próxima a outra que trabalhava em Viamão. Durante todos esses anos lá se vão uns 23 anos de estado eu mudei de classe três vezes,até hoje essas mudanças ainda estão sendo incorporadas no salário,lentamente se percebe a diferença,mas os atrasados serão buscados através de ingressos judiciais.Hoje fazer um curso para mudar de classe ficou mais difícil,pois a ordem é não dentro da Carga Horária do aluno,tornando assim a vida profissional ainda mais complicada.Quem conseguiu fazer alguma mudança foi privilegiado.Eu tenho uma nomeação de 20 horas semanais e uma convocação de 20 horas.Por 7 anos eu fui convocada para supervisora até o ano passado onde por decisão de órgão governamental,os profissionais não especializados em orientação,supervisão não poderiam atuar nas escolas.Concordo com a Lei,mas muitas escolas ficaram sem esses profissionais que apesar de não terem formação exerciam essa função com brilhantismo (até porque formação não é sinônimo de competência para mim).Já vi muitos formados cometerem atrocidades.Mas nesse tempo de supervisão eu aprendi muito com Nádia que me ensinou tudo que sei sobre supervisão escolar.Hoje estou com duas quartas séries,mas expresso sempre à vontade de voltar a exercer a supervisão,não pelo status como outro dia ouvi de uma colega,mas pelo fato que deixei meus projetos junto os alunos de lado e sonhos não podem ficar engavetados feitos os Regimentos Escolares e PPP

Nenhum comentário: