quarta-feira, setembro 30, 2009

Não existiam salários.

Nós professores da Escola Olga Benário Prestes estamos em uma batalha Judicial onde nossa principal revindicação é o não desconto dos benefícios pagos pelo governo do Difícil Acesso de 80%.
Em 23 de dezembro de 2008 recebemos a noticia que a escola até então um anexo da Escola Jango passaria ter vida própria,ou seja teria seu próprio centro de custo.Em conseqüência seríamos descontados a partir de abril do mesmo ano.Não ouve os descontos até o mês de julho, foi então que no mês de agosto a maioria recebeu seus salários com um considerado desconto.Por decisão da maioria movemos uma ação contra o estado coletiva.
O Juiz então expediu em liminar a suspensão dos descontos e a devolução imediata do que haviam descontados.Não aconteceu o cumprimento dessa liminar sendo nós todos descontados abusivamente nesse final de mês.Os descontos variam conforme o salário de cada professor levando em conta tempo de serviço e outros.
O fato que nos deixou profundamente tristes diante de um governo que não respeita o Poder maior que é o Judicial.Em reunião decidimos então chamar os pais para uma Assembléia nessa quinta-feira como mobilizarmos a opinião pública,através do jornalismo da rede Record.
Ontem às 19.00 horas a rede Record exibiu a reportagem,onde mostrava a situação de alguns professores dentre eles eu.Mas minha emoção foi ver o depoimento emocionado da colega Celia que para sobrevivência dependerá da ajuda dos filhos e do seu ex-marido,porque não recebeu nada.
Triste constatação você trabalha duarnte o mês inteiro,sem material ditático,sem apoio de supervisão,orientação,com direção fazendo de tudo um pouco e vice tentando resolver os casos de indisciplina,improvisando para dar uma boa aula e ao chegar aquele dia em que você receberá pelo trabalho prestado você se vê na mais humilhante das situações sendo devedores do Estado e devedores do comercio.
O Estado nosso devedor em outras questões como férias,décimo terceiro,Lei Brito nem seguer através de seus representantes legais sente-se envergonhado por não quitar suas dívidas com seus funcionários e nem seguer manifesta a vontade de um acordo onde das suas dividas descontariam as nossas que com certeza é menor que a deles para conosco.
Não sei se ao tornar público nossa insatisfação,nosso repudio vai trazer resultados possitivos mas o fato da união,da solidariedade dos novos colegas nesse momento foi de muita importancia.
Hoje expresso aqui minha revolta e indignação,mas com a esperança que Deus vai estar ao nosso lado e a Justiça será cumprida.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Discalculia

No sábado em nosso curso sobre Inclusão descobrimos um novo termo que até então eu como muitas colegas desconhecem que é "Discalculia".A discalculia é um distúrbio que dificulta a aprendizagem, pois impede que o indivíduo compreenda os processos matemáticos.A professora Jussara Bernardi que além de falar sobre alunos com discalculia e o regate da auto-estima e auto imagem através do Lúdico trouxe exemplos de materiais que podem ser usados com alunos com problemas de aprendizagem em matemática.Crianças ou adultos com discalculia não conseguem fazer compreensão de medidas,tem dificuldades em dizer as horas,lidar com as moedas (dinheiro),resolver as operações de adição e subtração e principalmente realizar problemas orais simples.A discalculia tem graus leve,moderado e grave.Também estudos revelam que a discalculia está associada a hiperatividade e aos défictis de atenção.A discalculia não tem nada haver com o nivel sócio-econômico.Porém exige que nós professores façamos as intervenções necessárias para que possamos ajudar nossos alunos a superar a auto estima em relação ao aprendizado na matemática.

domingo, setembro 13, 2009

EJA_Não trate alunos de EJA como crianças.


Pessoas com mais de 15 anos - mesmo na condição de alunos - não são crianças crescidas. Da mesma forma que, no trabalho, um senhor de 50 anos não ouve do chefe "Vamos fazer um relatório bem bonitinho", ele não deve vivenciar situações como essa na escola.
O trato infantilizado é um dos motivos da evasão nas turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e nasce com a ideia equivocada de que se deve dar ao estudante, jovem ou adulto, o que ele não teve quando criança. Por causa disso, é preciso também mudar a abordagem e, muitas vezes, o conteúdo. Trabalhar com material didático infantil sem levar em conta as expectativas de aprendizagem e os conhecimentos prévios é um equívoco com a mesma raiz.
A EJA tem de ser encarada como um atendimento específico, que pede um currículo próprio. Só assim o grupo vai aprender e tomar consciência do que está fazendo.
Se o educador quiser abordar a origem do ser humano, deve tratar o tema de forma adulta, com respeito à diversidade religiosa - sem se desviar das propostas curriculares - e aprofundar a discussão científica, mais do que faria numa turma de crianças.
E, embora a necessidade de respeito à vivência prévia valha para todos os alunos, seja lá qual for a idade deles, no caso de jovens e adultos essa é mais uma premissa fundamental. Cantigas e parlendas - usadas na alfabetização dos pequenos - podem ser substituídas por poesias, mais apropriadas para os leitores mais velhos.


Extraido da Revista Nova Escola-abril09

sábado, setembro 12, 2009

Partilhando Aprendizado



Hoje um sábado chuvoso e lá estavámos nós na Fapa para nosso Curso de Inclusão.Digo nós porque partilho com Eliane e Rejane esses momentos que são de muita aprendizagem e trocas.
Confesso para vocês que estou me tornando uma apaixonada pela Educação Especial.
Já havia um interesse anterior ao Pead,mas com a Interdisciplina semestre passado foi fortalecendo cada vez mais esse interesse sobre o assunto.
Professora Mauren e a tutora Simone foram em parte responsáveis por esse interesse,pois muito fiz trocas com ambas que ficaram registradas no meu e-mail através dos bate papos e trocas pessoais.
A partir do meu trabalho de conclusão do semestre passado despertou ainda mais esse interesse e foi por isso que acabei optando por um curso de extensão.
A cada sábado me encanto e venho repleta de idéias para o próximo ano,onde vou tentar fazer junto a orientadora e supervisora da escola fazer um planejamento especializado para que estas crianças que vem com tantas dificuldades não sejam figuras decorativas em sala de aula,mas que possam produzir e aprender no seu tempo.
Que com respeito,planejamento e avaliações adequadas possamos dizer que há uma inclusão responsável.

sexta-feira, setembro 11, 2009

Pensamento Infantil



Aproveitando a dica da colega Zinara descobri mais um Pensamento Infantil sobre Noção de Tempo.

Interpretar/Compreender

ERA UMA VEZ DOIS TRAFELNOS, MIRIMI E GISSITAR. OS DOIS
TRAFELNOS ESPORAVAM LONGE DAS PERLONGAS. NUM MASTO,
PORÉM UM DOS TRAFELNOS, MIRIMI FELNOU QUE RAMALIA RIZAR E
AROR UMA PERLONGA. GISSITAR REGOU MUITO. ELE RUBIA QUE
MIRIMI NÃO RIZARIA MAIS DE PERLONGA. GISSITAR FELNOU, FELNOU,
REGOU, MAS NADA. MIRIMI ESTAVA LERUADO: RAMALIA RIZAR E UMA
PERLONGA. NO MASTO DO FEBETI, MIRIMIR RIZOU MUITO LENTO. NO
MASTO DO FEBETI PROCEU GISSITAR E OS DOIS RIZARAM ATELL.
GISSITAR NÃO RAMALIA CLENAR MIRIMI. (LEONI G.CABRAL)


Esse texto recebi no Curso de Inclusão.Professor Marco iniciou com o texto com a pergunta:
Se conseguiamos ler e interpretar o referido texto e qual nosso sentimento diante da impotência de não compreender o que ali estava?

Foi o mesmo sentimento que eu tive em relação a aula de Libras.
A professora brilhantemente passou seu recado à todos com auxilio da interprete.
Mas meu sentimento foi o mesmo quando li e não compreedi o que lia no texto acima.Me senti analfabeta diante da professora que usa a Lingua de Sinais com desenvoltura.
Fiquei pensando em tantos de nossos alunos que diante das nossas atividades ou explicações tem o mesmo sentimento que eu tive,por não compreender por mim mesma,sem auxilio de outra pessoa o que a professora ali colocava.
Com certeza foi estimulo para logo fazer um curso.Mas também foi a vez de refletir sobre os sentimento que causamos aos nossos alunos,quando eles não conseguem por si fazer a leitura e a interpretação daquilo que colocamos diante deles.