domingo, março 29, 2009

Eu e os outros

Pedindo licença aos meus ancestrais é que falo a cerca de mim e dos meus antepassados e dos que vieram depois de mim.
As minhas histórias estão guardadas em algum lugar (na memória, nos objetos que recebi ao longo dos anos como presentes, nos cartões postais, mensagens, bilhetinhos, etc.).
Para falar de minha história foi preciso procurar o que estava guardado nesses lugares.
Cada coisa estava ligada a um acontecimento importante da minha existência.
Algumas foram prazerosas outras nem tanto, mas nem por essa razão deixaram de ser minha história.
A cada foto retirada da gaveta, eram minhas imagens e de meus antepassados e dos que vieram depois deles que serão a continuação dessa história.
A lembrança mais forte é do vovô Antonio (Vovô Pileco), era assim que nós chamavámos, pela razão dele chamar os netos e netas de Pileco (a). Homem forte, determinado,teimoso muito teimoso,depois que dava sua palavra jamais voltava atrás daí uma das características de minha personalidade.
Nunca tive a curiosidade de saber o que vinha ser Pileco e hoje fui buscar no dicionário, quase 45 anos depois vim saber o que quer dizer, com certeza vovô não sabia que era uma espécie de cavalgadura magra, palavra essa de origem portuguesa. Acredito que era por nos achar assim meios sapecas,teimosos.
Fazer esse resgate veio a lembranças das tias benzedeiras, que com suas rezas e benzeduras acreditavam no poder da cura feito pelos orixás invocados para ajudar nas ocasiões mais conflitantes. Até hoje lembro das cantigas enquanto faziam os cultos.Dai a origem do meu nome ligado ao orixá das matas: Jurema “guerreira das matas”.
São histórias que ficaram guardadas no fundo do meu coração, acontecimentos que fazem parte da minha vida, que me fizeram rir ou chorar, refletir, pensar, mas que foram extremamente fortes marcando minha personalidade, meu modo de ser ou agir.
E que ao longo dos tempos fez com que me tornasse um ser humano melhor.
Vejo os traços dos meus antepassados marcados em mim e vejo nos meus filhos essa continuidade.

Eu e os outros

quinta-feira, março 26, 2009

Oficina de Matemática


Ontem participei de uma oficina de matemática com as professoras Léa Volquind e Elaine Vieira da Faculdade de Formação em Pedagógia da PUC.
Nas oficinas além de aprender a utilizar o Ábaco,Dominós (de
Adição,Subtração,Divisão,Multiplicação),o Material Dourado descobri que vinha cometendo alguns erros ao expressar algumas palavras em matemática como:"pedir emprestado"(na subtração).
Justificou a professora que não se pede algo emprestado já que não se devolve o empréstimo nas contas de subração.
Esse foi um entre tantas outras descobertas no dia de ontem 25/03/09.
As oficinas foram de grande ajuda para o desenvolvimento do Projeto de Matemática em Sala de Aula",que iniciará dia 06/03/09 na escola.
Na minha turma acontecerá todas as segundas-feiras durante o ano letivo.

segunda-feira, março 23, 2009

Em sala de aula "Florzinhas Diferentes"


Conviver com as diferenças alunos e professores aprendem tornarem-se cidadãos solidários.
A inclusão cresce a cada dia, e com ela o desafio de garantir uma educação de qualidade para todas as crianças, mas para isso a participação do professor e da equipe diretiva da escola é fundamental, porque não basta matricular os alunos portadores de necessidades especiais é preciso garantir uma qualidade.
Pois incluir significa oferecer qualidade e está garantido na Constituição Brasileira desde 1988 o acesso ao ensino fundamental todas as crianças sem exceção e deixa claro que as crianças com necessidades especiais devem receber atendimento especializado complementar dentro da escola.
Em 1996 com a Lei de Diretrizes e Bases à inclusão ganhou reforços e com a Convenção de Guatemala (2001) veio à proibição a qualquer tipo de diferenciamento, a exclusão ou restrição baseadas na deficiência, sendo considerado crime qualquer tipo de exclusão.
Esse ano em especial tem nas duas escolas alunos portadores de necessidades especiais, sendo um que ainda não defini bem pelo fato de não ter tido oportunidade de falar com a família.
Na outra tenho uma com Síndrome de Down, outra com sérios problemas de dicção e outros que ainda estou observando.
Na primeira semana veio à mãe queixar-se que a filha tinha sido machucada pelos colegas, foi então que desenhei flores diferentes no quadro e uma delas faltavam pétalas.
O papo iniciou por ai e fomos falando das diferenças e do respeito que devemos ter com as nossas florzinhas diferentes.
O papo funcionou ou até aqui está funcionando, eles mudaram as atitudes em relação às colegas e ajudam ao descer e subir escadas, a realizar as tarefas quando solicitam ajuda.
Todos estão envolvidos no processo de aprendizagem, mas minha preocupação não é quanto à socialização sei que todos vão aprender a brincar, serem solidários, a serem cidadãos que respeitam os portadores de necessidades especiais, que partilhando conhecimentos e experiências com o diferente é algo que vai tornar o aprendizado muito rico, porque se tornaram adultos mais tolerantes e responsáveis pelos outros.
Minha preocupação é quanto à aprendizagem dos conteúdos propostos e isso não descobri, estou agora aprendendo a oportunizar as minhas florzinhas o exercício de ser cidadãos.

domingo, março 22, 2009

Tornando a Sala de Aula um ambiente agradável.


Nesse sábado juntamente com minha colega Simone,alguns alunos,um pai, o aluno Cleiton do noturno e contando com a parceria do diretor da escola João Goulart(professor Breno ),realizamos um mutirão para deixar a "Sala de aula" um ambiente muito mais agradável.
Além de limpar os vidros das janelas,retirar os papéis colados anteriormente ao redor do quadro,limpar as classes e armários a sala foi totalmente pintada para recebermos os alunos na segunda-feira.
Não vejo a hora de ver a expressão do rosto deles,pois vinham dizendo que a sala estava feia.
A idéia surgiu da necessidade de tornar um ambiente de trabalho agradável em função da sala estar com um aspecto muito feio.
Que eles aprendam a valorizar o trabalho feito em conjunto ,para deixar o lugar onde ficam quatro horas de estudo limpa e organizada.
Ainda temos muito o que fazer.A próxima etapa será o painel de sala de aula transformado e o piso que pretendemos organizar uma "Campanha de sobras de Lajotas "para colocar em sala de aula.
Com isso a turma ganharia em ter um ambiente limpo e organizado para que o processo de aprendizagem também possa acontecer.









Estou no Segundo Ano

Alfabetizar é “ensinar a ler” e alfabetizador “é quem ensina a ler”.
Durante minha trajetória como professora de Currículo (CAT), eu nunca alfabetizei, sempre com os alunos da segunda a quarta série, isso é aqueles que já dominavam total ou parcialmente a leitura e a escrita, que tornava meu trabalho muito mais fácil, sem a preocupação de tornar um aluno alfabetizado, ou seja, pronto para a escrita e a leitura das palavras.
Cá estou eu no “segundo ano”, tentando aprender a tornar esse novo desafio num processo de aprendizagem divertido, porém com a responsabilidade de que todos os pequenos sejam capazes de ler e escrever.
Estou voltando à prática de planejar, de conhecer o terreno onde estou pisando, pois através do conhecimento de cada, da sua bagagem cultural, das vivências e experiências e a individualidade que cada um trás para sala de aula é o jeito de garantir que todos aprendam.
É um trabalho novo que toma muito meu tempo e até pela insegurança de nunca ter alfabetizado dá certo medo de errar, de falhar como educadora.
Tenho em mente que a alfabetização, ou o letramento é importante para a conquista da cidadania, e isso torna ainda maior a minha responsabilidade de estar no “segundo ano".