domingo, maio 30, 2010

Semear Atitudes Doces_Reflexão6














Para semear atitudes mais doces tenho tentado muito mais que Hora de Contos, atividades relacionadas, dança do rebolation (que eles amam), outro dia eu propus uma pintura com cola colorida para meu espanto eles derramaram cola no papel e passaram as mãos em cima fazendo uma doce bagunça geral, tudo ficou pitado com cola até os rostos deles e o meu.
Nesse dia após termino da aula o aluno João (quase não participa) me disse que tinha sido a aula mais incrível. Apesar de ter tido trabalho para a limpeza da sala e das mãos e rosto deles percebi o quanto tinham se envolvido com a atividade. Os efeitos dessa mistura ficaram ótimos,muito lindos.
Sendo a escola o primeiro espaço onde se dá o desenvolvimento de cidadãos, nada melhor que por aí se dê o contato sistematizado com o universo artístico e suas linguagens: arte visual, teatro, dança música e literatura. Contudo, o que se percebe é que o ensino da arte está relegado ao segundo plano, ou é encarado como mera atividade de lazer e recreação. Ana Mãe Barbosa.
E nós profissionais de educação infantil estamos muito preocupados com o ensinar a ler e escrever. esquecendo que também existe um aprendizado dentro deste universo artístico.O outro grande erro segundo Ana Mae é atribuir Artes dando apenas folhinhas com datas e é pouco importante.
Para ela o bom de ensinar Artes é associar o ver e o fazer.Para aprender é importante que a criança possa ver através do fazer artístico que sua abra ficou bela e que o mesmo sinta que o trabalho realizado teve o devido valor atribuído pelo professor ou pela família.No caso de João ele se sentiu extremamente valorizado quando eu elogiei sua obra e disse que eram as cores do Brasil,não cabia em si de tão feliz.
Semear atitudes mais doces é também realizar atividades que encantem e valorizem sua criação.

Leão, Raimundo Matos de. A arte no espaço educativo
Barbosa, Ana Mae. A imagem no ensino da arte

sábado, maio 29, 2010

Reflexão Semana7

A semana sétima foi mais baseada em avaliações trimestrais. Nesta semana avaliamos nossos alunos de segundo ano com provas embasadas nos objetivos propostos para o trimestre. Conforme o Regimento Escolar os alunos avaliados por provas e os resultados obtidos é expresso em Pareceres, que são entregues aos pais em reunião.

Avaliar é muito complicado quando usamos ainda instrumentos arcaicos como as provas. A avaliação deveria ser um instrumento para a construção da cidadania.

O ato de avaliar segundo Luckesi* “envolve a coleta, análise síntese dos dados que configuram o objeto da avaliação”.

“Avaliar é julgar ou fazer a apreciação de alguém ou alguma coisa, tendo como base uma escala de valores. É interpretar dados quantitativos e qualitativos para obter um parecer ou julgamento de valor, tendo por base padrões ou critérios” (Haydt, 1988).

Penso que avaliar é muito complicado quando é baseado somente em provas, portanto o acompanhamento deve ser feito durante toda a ação pedagógica, mas avaliar durante todo o processo, fazer o acompanhamento a partir da coleta de informações sobre os desempenhos, competências e habilidades, tentativas de acerto do aluno, etc.

Para muitos é complicado, mas eu tento sempre observar aspectos relevantes que possibilitem eu perceber o aprendizado dos alunos. Durante as aplicações das provinhas eu percebi que Daniel consegue ler através da soletração o mesmo acontece com o aluno Willian. Que para os alunos repetentes este momento inicial é cansativo e não desperta interesses, porque dominam a parte inicial e talvez a causa da repetência fossem as sílabas mais complexas.

A escola adota pelo Regimento Escolar os Pareceres forma está que eu em particular acho mais sensata, pelo fato de não atribuir notas e que estes pareceres podem ser alterados na medida em que os alunos vão construindo aprendizagem.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. 11. ed. São Paulo: Cortez,

terça-feira, maio 25, 2010

Semear Atitudes Doces_Reflexão5

Para semear atitudes mais doces é preciso ir além da Hora do Conto onde se trabalha diversos conceitos através do diálogo, das brincadeiras da releitura dos personagens nomeando suas qualidades e outras atividades. Para isso é preciso um trabalho conjunto com a professora onde o papel da escola seja de abrir suas portas e colocá-los dentro de salas onde não há atrativos e materiais didáticos que os envolvam. É preciso que a família se faça presente e que saiba impor regras e limites aos seus filhos e que não transfiram estes para a escola que também não tem como se já é falha. É necessário e urgente que a inclusão “Direito” de todos os Portadores de Necessidades Especiais e Educacionais tenha e saia do papel e passem a ser cumpridas com tudo que lhes são oferecidos: Direito a um atendimento especializado, profissional capacitados, reforços com profissionais que atentam suas especificidades etc. Tudo que o papel registrou e que até agora não vejo em escola, não pelo menos na minha onde sinto na pele o que é incluir todos sem ao menos ter um monitor que divida comigo a tarefa de controlar as crises enquanto eu possa exercer o meu papel que é o ensinar a ler e escrever. Atitudes Doces sem os profissionais que possam servir de suporte são impossíveis e sem a presença da família pior ainda.

Não há uma forma de reconhecer que muitos alunos, sejam ou não portadores de deficiências ou apresentam necessidades educacionais que passam a ser especiais quando a escola não possui atendimentos especializados e estão presas a Políticas Governamentais falidas e embora as necessidades especiais na escola sejam praticas inclusivas estamos praticando é exclusão no momento que deixamos estas crianças sem apoio algum. A atual Política Nacional de Educação Especial aponta para uma definição de prioridades no que se refere ao atendimento especializado a ser oferecido na escola para quem dele necessitar. Nessa perspectiva, define como aluno portador de necessidades especiais aquele que “... por apresentar necessidades próprias e diferentes dos demais alunos no domínio das aprendizagens curriculares correspondentes à sua idade, requer recursos pedagógicos e metodologias educacionais específicas”. A classificação desses alunos, para efeito de prioridade no atendimento educacional especializado (preferencialmente na rede regular de ensino), consta da referida Política e dá ênfase a: portadores de deficiência mental, visual, auditiva, física e múltipla;
portadores de condutas típicas (problemas de conduta).

E como meus alunos são especiais e muitos deles não apresentaram o laudo médico não posso exigir que seja cumprida a lei e para os que têm laudo não há na escola os atendimentos em salas especializadas

Alves, Denise de Oliveira, Gotti, Marlene de Oliveira (Atendimento Educacional Especializado)

domingo, maio 23, 2010

Reflexão Semana6


Sempre deixei muito claro que nunca havia alfabetizado, minhas experiências são com crianças maiores mais especificamente com terceira e quartas séries (hoje quarto e quinto ano). Bem ano passado ao chegar na escola sem muita escolha era um segundo ano e não tinha noção que este seria alunos para alfabetizar.
Em meio a tantos ajustes e desajustes e até me adaptar foi muito difícil. Sempre apoiada pelas colegas Adriana e Rosa sempre incansáveis em me passar idéias e atividades criativasNo inicio pensei em não dar conta,mas quando os vi lendo não sei explicar tamanha emoção.
Ali entendi o que era então o que era o trabalho de tantas colegas alfabetizadoras.Aprendi que alfabetizar já não era embasado nas cartilhas do tipo “IVO VIU A UVA”, porque como diz Paulo Freire é preciso entender que Ivo vem para a sala de aula com conhecimentos adquiridos através da família, da comunidade e da sua cultura. Até eu entender que meus alunos eram providos destes conhecimentos foi um aprendizado e tanto.
Este ano não diferente me veio de presente mais um segundo ano este diferenciado não em termos do cognitivo destes alunos, mas em outros aspectos a falta de limites, regras e o abandono o descaso familiar é gritante.
Estou tentando alfabetizá-los mesmo em meio de tantos conflitos e já posso observar alguns resultados quando uso o alfabeto móvel.Para Montessori partir do concreto rumo ao abstrato,baseia-se na observação de que meninos e meninas aprendem melhor pela experiência direta de procura e descoberta. Para tornar esse processo o mais rico possível através de materiais simples como o alfabeto móvel provocar o raciocínio dos pequenos e isso que fiz com eles na semana.
Adendo:nesse dia os alunos problemas comportamentais sérios não estavam e era a metade da turma que favorecia um atendimento individualizado, diferente de quando estão os trintas.
Estou alfabetizando usando muito materiais que possibilitem a construção do conhecimento acreditando que estás crianças já possuem um conhecimento, pois elas vêm com conhecimentos que foram adquirindo com o tempo.
Segundo Magda Soares “Uma criança, que mesmo ainda não dominando a técnica da leitura e da escrita, folheia livros, jornais, revistas... finge lê-los, brinca de escrever, escuta histórias lidas por outro, está rodeada de material escrito e percebe seu uso e função, pode ser considerada letrada, pois já entrou no mundo do letramento."
Embora, seja considerada analfabeta, pois ainda não aprendeu a ler e escrever.A preocupação, nos dias de hoje, não deve centrar-se apenas em ensinar a ler e a escrever, mas também, e, sobretudo, levar as pessoas a utilizarem a leitura e a escrita, envolvendo-se em práticas sociais dessas.Venho levando para sala de aula além dos alfabetos móveis outros jogos que possibilitem os alunos construírem seus conhecimentos sem o uso do tradicional imposto apenas pelo professor. Tenho observado alguns frutos que me deixa feliz,embora como já citei é uma turma muito difícil.

Montessori, Maria. Educar para crescer.
SOARES, Magda. Letramento (material da biblioteca do Rooda)

domingo, maio 16, 2010

Semear Atitudes Doces_Reflexão4

Para semear atitudes mais doces que tenho além de buscar leituras que me dê suportes teóricos algumas idéias que façam e tornem mais atrativas a minha aula. percebi que a rotina não combina nem comigo muito menos com eles e que torna a aula cansativa e mais chata ainda.

O jeito é criar muito e tenho percebido que eles adoram cantar e brincar e que as massinhas de modelar foram aceitas por todos com grande interesse.

Também percebi através da fala de alguns alunos que família é assunto polêmico, minha Hora do Conto trazia a história “Choco encontra uma mamãe”. Uma história encantadora e emocionante que desencadeou ale das atividades programadas,possibilidades de eu ouvir suas histórias.

Em meio a uma aula um dos meus alunos me perguntou se eu tinha marido.Pressentindo algo meio estranho na pergunta eu o perguntei o porque,então me respondeu que eu mandaria ele sentar-se,ficar quieto,não brigar e foi enumerando tudo que falo para ele.Perguntei se estava errada em pedir a ele todas estas coisas,me respondeu com a seguinte frase:

_Filho incomoda.

Disse que não era sua mãe e ele me respondeu é mãe do coração feito Choco e dona Ursa.

Neste momento senti que havia uma transferência de sentimentos em relação á mim, justificando talvez muitas coisas que ele faz talvez para chamar atenção e como conheço sua história de vida não tive dúvidas.

Fui em busca de leituras que me dessem esclarecimentos quanto a normalidade ou não desta transferência.

No rooda encontrei um texto da interdisciplina de Psicologia de Kpfer.

A Transferência não é um termo da psicanálise. É um vocábulo utilizado em diversos campos como uma idéia de transporte, de deslocamento, de substituição de um lugar para o outro. Freud aponta-o como um fenômeno psíquico que se encontra presente em todos os âmbitos das relações com nossos semelhantes. Ele reconheceu a possibilidade de que a transferência acontecia na relação professor-aluno e aluno-professor. Nesta relação implica relação de amor, relação afetiva, relação de confiança de valorização do conhecimento, da revelação das habilidades e potencialidades do outro, que só é possível através da afetividade. Com o afeto a criança se redescobre, se percebe, se valoriza, aprende a se amar transferindo este afeto em suas vivências e conseqüentemente na aprendizagem escolar. E é isso que venho buscando encontrar para que em minha sala de aula tenha cada dia mais atitudes mais doces.

KPFER, M. C. Freud e a educação: o mestre do impossível. São Paulo, 1989

Kpfer, Maria Cristina (Freud, S.A transferência na relação professor-aluno).

Nem tudo é estágio


Na semana passada,depois de tantos desencontros e acontecimentos nem tão bons,mas que serviram para crescer,refletir a vida e as nossas atitudes.Em meio ao agito do estágio e troca de e-mail e telefonemas nos encontramos no BIG Alvorada para por os assuntos pessoais,profissionais e falarmos coisas que façam descontrair.
Eu,Grace,Lidiane,Roselana e Sandra amizade que nasceu no Pead e que muitas vezes uma é o apoio da outra. Já tinhamos o hábito de promover no Polo estes encontros seguidamente para além de fazermos os trabalhos,tomar um cafézinho e jogar conversa fora desta vez em outro local,mas foi muito bom receber neste momento abraços calorosos e o apoio para que todas façam um estágio tranquilo e possamos comemorar juntas.
Valeu meninas!!!...Repetiremos breve!

sábado, maio 15, 2010

Reflexão Semana5

“numa visão construtivista, a leitura é uma atividade complementar a produção, ou seja, para o sujeito se apropriar de um determinado objeto de conhecimento ele constrói representações e as interpreta. Ler não é decifrar, não equivale a reproduzir com a boca o que o olho reconhece visualmente, isto porque a atividade de leitura supõe a compreensão do modo de construção seja de um texto ou de uma imagem" Piaget


Nesta semana minha reflexão é baseada na releitura de imagens, pois é o que vem atraindo os meus alunos em sala de aula. Eu uso a massinha de modelar para que criem os personagens da Hora do Conto.

A Releitura não é cópia. A cópia também é um recurso didático possível, quando queremos realizar estudos de estilo, de técnica, estudos comparativos, mas não deve estar associada à releitura, que requer não copiar a obra escolhida, mas recriá-la sob uma nova ótica.

Através da releitura posso exercitar a habilidade de ver, julgar, interpretar, compreender e por o aluno em contato com o processo de criação, de uma imagem, de uma obra ele aprenderá traduzir plasticamente o que não comporta apenas em palavras ou gestos, ao colocar suas vivências, suas interpretações no trabalho produzido.

Piaget ao descobrir os estágios do desenvolvimento da criança, provocou escândalos ao mostrar que o desenvolvimento do pensamento lógico precede a idade da razão e, inclusive, a linguagem e assinalando que há uma perfeita continuidade entre a criança que constrói seu mundo e o cientista que constrói uma teoria à cerca desse mundo.

Na releitura de imagens a criança tem a possibilidade de reproduzir este mundo sob um novo olhar algo que já tenha lido anteriormente e no caso dos meus alunos eles leram os personagens da História do Choco.

Para Barbosa, Ana Mae “toda e qualquer imagem estética produzida pelo homem, seja ela uma obra de arte ou não; incluem-se também, além das manifestações do código visual, aquelas pertencentes aos sistemas cênico, musical e mesmo o verbal”.

E a releitura dos personagens com as massinhas de modelar trouxe um sentido novo para a turminha, que fora o agito estão aprendendo através da Hora do Conto semear atitudes mais doces como os personagens (mãe ursa que adotou Choco), criando um novo contexto familiar onde o amor fala mais alto que laços de sangue. E que sem o querer ou por uma razão o aluno K me elegeu mãe de coração, pois quando inexistem laços familiares é normal eles transferir ao professor esta afetividade.

Como Freud cita: “é difícil dizer se o que exerceu mais influência sobre nós e teve maior importância foi a nossa preocupação com as ciências que nos eram ensinadas, ou pela personalidade de nossos mestres.”

A transferência é uma manifestação inconsciente e como tal, pode nos deixar em armadilhas tais como nos atos falhos, pois através da transferência podemos nos inclinar ou rejeitar pessoas que estão à nossa volta sem aparentemente sabermos o por quê.Dessa forma, sentimentos de simpatia ou rejeição gratuitos que tanto o professor pode sentir em relação a algum aluno, assim como algum aluno em relação ao professor, podem ter origem nesta premissa, já que “os relacionamentos posteriores são obrigados a arcar com uma espécie de herança emocional(...) Todas as escolhas posteriores de amizade e de amor seguem a base das lembranças deixadas por esses primeiros protótipos” (Freud, p. 287).

Justifica-se aqui talvez a rejeição sentida por alguns alunos em relação a mim como educadora. Este tema rendeu esta semana para mim uma busca maior de textos para buscar respostas e para que eu também possa junto deles ir Semeando Atitudes mais Doces.

BARBOSA, Ana Mae. Arte-Educação no Brasil:

Kupfer, Maria Cristina (Freud, S.A transferência na relação professor-aluno)

domingo, maio 09, 2010

Semear Atitudes Doces_Reflexão3

Para semear atitudes mais doces que eu venho lendo e tentando junto as escola buscar soluções para resolver ou amenizar um pouco mais as atitudes indisciplinares dos meus alunos, estabelecendo algumas regras e rotinas para que possamos juntos encontrar harmonia possibilitando que aconteça a aprendizagem cognitiva.

Atualmente, a questão dos limites é um assunto que provoca grandes reflexões, em especial entre pais e educadores. Constantemente ouvimos frases do tipo “Como esse menino é mal educado!”. É preciso ter cuidado e atenção, pois essa criança pode ter uma necessidade que vai além da falta de limites muitas podemos dizer que tem Hiperatividade Infantil, pois foge da simples questão de comportamento e não estamos preparados e muito menos somos especialistas para lidar com tais questões. Que é o caso de muitos dos meus alunos, mas eu não sou especialista, por isso não posso também afirmar que são Hiperativos ou tem outros transtornos associados aos de aprendizagens estes sim são visíveis e compete a mim como educadora observar e tentar recursos que possam contribuir para que desenvolvam a aprendizagem cognitiva, mas fica difícil com tantas intervenções para que não se machuquem etc.

Por outro lado estamos na era dos rótulos. Predominantemente, crianças que sofrem de carência afetiva ou pais que não sabem lidar com a falta de limites, justificam as atitudes de seus filhos denominando-os como portadores de hiperatividade, sem mesmo uma investigação profissional.

Mas, afinal, o que são limites?

O verdadeiro significado da palavra limites vem motivando e intrigando muitos

pensadores e críticos em educação sobre o seu verdadeiro conceito e suas

transformações no decorrer dos tempos.

Segundo o dicionário Aurélio, limite significa: a linha de demarcação; divisa, fronteira; extremo, fim; ponto que não se deve ultrapassar. Mas as crianças vem ultrapassando o tal limite ou não sabem quando devem ou não chegar ao fim de determinadas atitudes.

BENISIA GROSSER FERREIRA, aponta que de algumas gerações para cá, verifica-se uma mudança radical e significativa na posição dos pais quanto à colocação dos limites e das regras disciplinares em seus filhos.

Antigamente, a maneira de educar os filhos era que os pais exerciam sua autoridade sem maiores questionamentos. Algum tempo depois, aquela geração — massacrada pelo autoritarismo — quando assumiu o lugar dos pais, agiu no extremo oposto, sendo

que ocorreu em alguns casos a ausência de regras e limites. Chegou-se, inclusive, em alguns casos, a afirmar que não se podia dizer ‘não’ à criança, pois isso poderia ocasionar traumas à mesma. As conseqüências disso puderam ser sentidas em comportamentos anti-sociais vistos atualmente. Percebeu-se, então, que os limites são necessários para a existência humana.

Segundo Felipe (2004, p. 29): As famílias, com sua importante função na educação dos filhos, não se sentem em condições de trabalhar limites com os filhos, ou por não saber como orientá-los, ou por não querer educá-los como fora antigamente por seus pais. Muitos acabam permitindo tudo, sem regras ou combinações, deixando as crianças a sua própria vontade, afinal, qual é a importância para as crianças de construírem limites?

Com base nas afirmações podemos perceber que quando pensamos na questão dos limites inicialmente se fala no termo mais associado a regras e normas, permissões ou proibições, apresentadas às crianças de maneira externa, como imposições e as crianças geralmente não aceitam imposições, isso está bem claro para mim enquanto profissional e mãe. Quando se impõe algo me parece que as coisas ficam mais difíceis de resolver e pelo diálogo surte efeitos quando as crianças não apresentam transtornos.


FERREIRA, BENISIA GROSSER. A CONSTRUÇÃO DOS LIMITES DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Reflexão Semana4

No dia-a-dia vemos na sociedade, as transformações, mudanças de valores sociais e individuais e a influência direta dos meios de comunicação dentro das nossas casas. Por conta de tantas transformações e influências eu me pergunto:

Quais as influências positivas, os valores, as regras e os limites a que estão submetidas nossas crianças? Até que ponto essas influências modificam o comportamento de maneira positiva?É fácil observar a mudança ética e de valores através das novelas e dos noticiários, em que há como rotina violência, o mau caráter, o apropriar-se do que não é seu (aqui me lembrei da fala da psicóloga palestrante no Seminário de Educação do Município de Alvorada, onde dizia que o roubar está se naturalizando através da brincadeira “Colheita Feliz” uma criação do Orkut que ali se você não rouba não muda de face).São verdadeiras aulas,didática de melhor qualidade servindo, assim, de modelo para crianças.As instituições escolas por mais que ofereçam Projetos não vem de encontro aos conhecimentos que os nossos alunos adquirem através do mundo globalizado e com certeza a nossa didática sem atrativos não desperta interesses.

Levamos muito do novo aprendido no PEAD,mas não temos dentro das escolas o principal atrativo da garotada que é a internet,onde talvez pudéssemos interagir Semeando atitudes mais doces na medida que fossemos intervindo positivamente nas descobertas deles.Na visão construtivista o aluno, o aprendiz ou o sujeito da aprendizagem tem a sua relação com o objeto do conhecimento escolar mediada pelo professor. Nesse conjunto de relações seriam importantes dentro do contexto escolar termos abertura para que as mudanças aconteçam, porém tudo que é novo gera desconforto e por conta disso vamos tentando resolver dentro do espaço sala de aula os conflitos existentes e inovando dentro do que nos é permitido e dos recursos que temos disponíveis.Se vivemos e nos comportamos de um modo que torna insatisfatória a nossa qualidade de vida, a responsabilidade de mudanças cabe a nós. Maturana e Varela mostram que o mundo não é pré-dado, e que o construímos ao longo de nossa interação e intervenções. Neste sentido, são dois autores que afirmam a importância de nossos atos no mundo e na construção do mundo.No momento em que somos “observadores”, e identificamos determinados comportamentos a partir de nossas vivências, ou, de outra forma dizendo, de nossa inclusão num mundo de relações com filhos, companheiros, amigos, e principalmente nossos alunos, cabe a nós enquanto educadores tentar pelo menos realizarmos pequenas mudanças a partir dos nossos conhecimentos enquanto alunas do Pead.

MATURANA, Humberto. Uma nova concepção de aprendizagem.

VARELA, Francisco. A árvore do conhecimento.

REAL, Luciane Corte. TRANSFORMAÇÕES NA CONVIVÊNCIA SEGUNDO MATURANA

Piaget, Jean. O construtivismo e a educação escolar: onde está o fio condutor?

domingo, maio 02, 2010

Semear Atitudes Doces_Reflexão2

Para Vygotsky, a criança nasce inserida num meio social, que é a família, e é nela que estabelece as primeiras relações com a linguagem na interação com os outros. Essa teoria apóia-se na concepção de um sujeito interativo que elabora seus conhecimentos sobre os objetos, em um processo mediado pelo outro e pelo mundo. Maturana tem como tese central a idéia de que vivemos no mundo e por isso fazemos parte dele e que vivemos com os outros seres vivos, e, portanto, compartilhamos com eles o processo vital e que construímos o mundo em que vivemos ao longo de nossas vidas.Analisando o que escrevem e pensando que meus alunos estão inseridas num meio familiar,social de total desajustes vão construindo valores errôneos e se apropriando de atitudes não corretas.Assim, se vivem e se comportam de uma maneira insatisfatória a qualidade de vida deles se torna vulnerável,aparecem aqui os distúrbios comportamentais tão em moda atualmente.A responsabilidade é das famílias educar e transmitir valores aos seus filhos e cabe a nós enquanto educadores darmos as devidas orientações para que estas famílias busquem ajuda para mudar o comportamento dos filhos. Maturana e Varela mostram que o mundo não é pré-dado, e que o construímos ao longo de nossa interação e intervenção. Neste sentido, são dois autores que afirmam a importância de nossos atos no mundo e na construção do mundo. A linguagem se fundamenta nas emoções e é a base para a convivência humana;alguns pontos ajudam-nos a pensar as relações entre os seres humanos no seu dia a dia, ou seja, nossas relações interpessoais e se estas relações são ou estão conflitantes como é o caso da maioria dos meus alunos se torna difícil uma convivência harmoniosa.E é através das histórias na Hora do Conto que vou semeando atitudes doces.


MATURANA, Humberto. Uma nova concepção de aprendizagem. Dois pontos, v. 2, n. 15, 1993.

VARELA, Francisco. A árvore do conhecimento. São Paulo: Palas Athena, 2002.

REAL, Luciane Corte. TRANSFORMAÇÕES NA CONVIVÊNCIA SEGUNDO MATURANA

sábado, maio 01, 2010

Reflexão Semana3

Art.4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, saúde, alimentação, educação, ao esporte, ao lazer, cultura, dignidade, respeito e a convivência familiar e comunitária. (ECA) Art.25º Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes. (ECA) Para Vygotsky, a criança nasce inserida num meio social, que é a família, e é nela que estabelece as primeiras relações com a linguagem na interação com os outros. Essa teoria apóia-se na concepção de um sujeito interativo que elabora seus conhecimentos sobre os objetos, em um processo mediado pelo outro. O conhecimento tem gênese nas relações sociais, sendo marcado por condições culturais, sociais e históricas.

É com o pensamento de Vygostsky e com os artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal 8069/1990), que inicio minha reflexão, pois como no meu planejamento semanal esteve presente a Família e na minha turma tão diferenciada este é sem dúvida o principal motivo de tantos desajustes emocionais que se torna difícil, mas não impossível Educar para que as crianças tenham atitudes mais doces se faz necessário não só a escola mas o envolvimento familiar.Na minha turma família é algo muito complicado,pois muitos não tem o que se entende por família padrão (pai,mãe,filhos) é a minoria.Muitos são filhos de pais que formaram outras famílias e não os procuram,pais presidiários,alcoólatras,alunos que são criados pelas avós, pois os pais abandonaram por motivos diversos ou ainda aqueles que só tem mãe e manifestam o desejo de saber ou conhecer o pai.Com certeza é uma das causas dos sérios desajustes emocionais que estão muito presente em sala de aula.Esta discussão sobre família apontou evidencias que é o principal fator destes desajustes todos,é claro que somados a outros que precisam serem tratados,mas como não há está responsabilidade familiar é difícil nos educadores resolvermos estes e a escola sem este apoio familiar fica também inerte a situações que seriam necessários todos os envolvidos para que estas crianças encontrem um caminho do bem caso contrário muitas delas se perderam tanto quanto seus pais.Como se consolida o desenvolvimento de uma criança sem estrutura familiar,sem os valores que eetes podem transmitir?Como se tornaram adultos equilibrados se estas famílias estão tão desestruturadas? É papel de a escola transmitir não só conhecimentos, mas valores e é através da Hora do Conto que tenho tentado passar um pouco mais de atitudes doces a todos eles.