segunda-feira, outubro 05, 2009

Seu nome é Jonas


Seu nome é Jonas,mas poderia ser Pedro,Yuri,João,Ana e tantos outros excluídos,renegados,amados ou não em busca de espaço dentro da sociedade.O filme trouxe a história de Jonas mas poderia ser outro onde a família não compreende,não sabe como lidar com as Necessidades Especiais e acaba cometendo erros que se não reparados com tempo podem deixar marcas por toda vida.
As cenas do filme fizeram eu lembrar da minha família,que por falta de informação no principio quando souberam que meu sobrinho era surdo tentavam fazer com que ele falasse ou diziam:
_Viu ele ouve,entende o que eu estou dizendo.
Porém não havia respostas e com o passar dos anos foram compreendendo e aceitando a condição dele ser surdo.
A falta de informação e conhecimento levam as pessoas agirem preconceituosamente e quando se entende que é através do amor que se dá o desenvolvimento e a integração de qualquer portador de necessidades especiais em sociedade passamos mesmo desconhecendo a língua dos sinais a interagir fazendo com que está pessoa se sinta um sujeito respeitado.
Meus sobrinhos pais de Yuri buscaram sempre como a mãe de Jonas o entendimento para não excluir o filho e como eles mesmo dizem:" aqui em casa somos todos surdos".
Eles souberam incluir o filho na escola,na família e na sociedade procurando sempre respeitar o filho e suas limitações de não ouvinte e as pessoas que por desconhecerem ainda agem preconceituosamente.
Recente eu e minha sobrinha falávamos da dificuldade dele de se relacionar com os colegas de aula,mesmo tendo ele um interprete acaba sempre envolvido com adultos,pois os menores não entendem sem a presença do interprete dificultando as brincadeiras e ele acaba isolado ou se relacionando com pessoas mais velhas.
Com isso muitas etapas de sua vida que seriam fundamentais para seu desenvolvimento estão sendo queimadas,pois ao se relacionar com os mais velhos os interesses passam ser outros e os conflitos começaram surgir pois é uma criança, que por conviver só com adultos tem dificuldades de se relacionar com os menores e o fato de não poder falar faz com que essas dificuldades de relacionamentos se agravem.
Recente ao dizer que iria para os Estados Unidos os colegas riram causando nele uma revolta e a tendência foi agredir um dos colegas,que mais fez pouco caso de sua colocação.Os pais foram a escola,e procuraram ajuda do psicólogo para que possam lidar sem traumas com a maturidade dele acelerada.
Aqui em casa mesmo não sabendo a língua dos sinais meus filhos se relacionam desde muito cedo com ele e desenvolveram uma maneira de se entenderem,é claro que as opiniões se divergem,mas sempre encontramos um jeito de tudo acabar bem,tanto que passa as férias aqui ou os meus passam lá em Florianópolis e chegam a ficarem um mês juntos.
O filme em um tempo não atual me fez ver a importância do respeito para com as pessoas e independem das suas condições e que o amor é fundamental em qualquer situação.

2 comentários:

LIDIANE disse...

Oi Ju! Adorei essa postagem sobre o filme.Ainda não o vi mas pelo visto é muito bom e tu demosntarste motivação pelo mesmo. Vou vê-lo ainda hoje! Estou aguardando o que e prometeste pra comparar com o que eu já tenho, lembra? Bjus Lidi

Unknown disse...

Jurema,

Olá! Interessante sobre sua experiencia do sobrinho que é surdo, onde ele estuda escola? O filme é semelhança nos acontecimentos dos surdos até hoje. Abraços!