quinta-feira, novembro 06, 2008

Não é Ficção é Real-Final

Após o episódio do Zoológico,isso final de setembro,uma mãe foi até o Conselho Tutelar de Alvorada e registrou os fatos que vinham acontecendo com a filha que era algo de chutes e como presenciou o fato no passeio aproveitou e relatou todos os outros acontecimentos.No dia que fez esse registro no Conselho retornou a escola e me contou de sua decisão e foi me dizendo:
_Fiz o que é certo,você é muito boa por isso suportou até agora,mas apartir de hoje não é mais com você.
Tomei aquilo como um tapa,desses que te deixam sem reação e demonstrei minha insafisfação diante da decisão dela.
Com isso a direção da escola mudou o Tadeu de turma,passando para a quarta onde estava meu filho,ao saber da decisão da direção eu fiquei extremamente irritada,pois sabia que ele junto com meu filho não ia dar certo,pois estavam sempre se enfrentando.
Por mais que eu argumentasse já haviam tomado a decisão,então disse que eu tirava meu filho da escola,porém minha colega me pediu um voto de confiança em relação ao meu que não deixaria eles brigarem,terminou dizendo que eu havia aceitado uma aluna dela com sérios problemas numa boa e que estava na hora dela retribuir.
Me senti uma incapaz diante de um garotinho de 11 anos,percebi o quanto estamos despreparados para enfrentar esse tipo de situação,impotente diante do sistema falho e principalmente com uma frase na minha cabeça que havia lido na minha pesquisa sobre indisciplina "Um aluno indisciplinado é reflexo de um professor que não tem autoridade,dominio,uma proposta pedagógica boa...". E eu fiquei pensando sobre minhas aulas,tentando descobrir onde eu estava sendo falha.Me torturei por alguns dias e logo resolvi deletar,pois de mim ainda dependiam 31 alunos e eu preciava retomar minha vida no PEAD.
A turma por alguns dias,falava do colega,para todos tinha um espaço vazio,mas as brincadeiras,os risos,as conversas equilibradas sem os gritos e as correrias já não haviam mais.Todos os dias Tadeu vem ao meu encontro com aquele OI professora,ou vai até minha sala me dar um beijo.E com isso eu continuo não entendendo:"Como uma criança que rejeita um professor,pode ter uma afetividade tão grande por esse professor?
A mãe veio me agradecer por tudo que tinha feito ao filho atitude essa que não esperava,pois não fiz nada para o filho dela,não consegui ajudá-lo.
As vezes ele continua aprontando na sala onde está,mas não me envolvo,pois não mais é um probema meu.A vida escolar segue a minha também e temos uma missão a cumprir e além disso temos um Projeto a terminar e um PA para darmos continuidade.

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